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  • Foto do escritorFranciele Maftum

Como dominar a sua própria raiva

A raiva é um assunto que precisa, urgentemente, ser desmistificado entre as pessoas, pois, é muito comum que nós tenhamos medo de falar sobre isso. Entretanto, a raiva é um sentimento que quanto mais acumulamos, mais toxidade nós criamos em nosso organismo, inclusive com sintomas físicos como: azia, gastrite, dores nas costas e garganta.


A grande maioria de nós acha que a raiva é só um rompante de raiva ou apenas um ataque defúria com alguma coisa, porém não é só nesses momentos que sentimos raiva. Esses rompantes e explosões de raiva são uma característica grande de uma raiva que precisa ser tratada, mas existem aquelas pessoas que aprenderam, ao longo da sua vida, a controlar a raiva de uma maneira como se não estivessem sentindo-a.


São as pessoas que, geralmente, são mais introvertidas, que aprenderam que não podem chorar ou que não podem teroscilações de humor. Aprenderam, também,que quando sentem a raiva, precisam segura-la. Porém quando seguramos isso internamente, acabamos levando essa emoção paraoutra coisa (compulsão, sistema gastrointestinal, etc), porque é como se estivéssemos engolindo a nossaprópria raiva. Porém, isso não é saudável, não é saúde emocional e, muito menos, significa estar regulando as emoções.


Engolir a raiva causa um dano muito grande não só para a pessoa, mas para quem vive com ela também. Pois, ninguém nunca sabe o que está acontecendo com essa pessoa.


Independente da raiva que você sente, a raiva é uma emoção adaptativa. E, ao mesmo tempo em que, ela é uma emoção, ela é um sentimento. Qual é a diferença?


Quando a raiva é uma emoção primária, é algo que serve para nos fazer sobreviver, ou seja, aquela que precisamos para nos adaptar ao mundo, como por exemplo: raiva de alguém que está agredindo uma pessoa; raiva de impunidade, raiva de coisas que vão nos fazer mal.


A raiva, nesse sentido, nos ajuda a identificar que tem alguma coisa acontecendo e decidir se agente foge ou não daquele cenário. E a raiva também tem outra função importante que é causar um movimento, ela faz com que a gente se mova. Esse é um dos motivos que aprendemos que só conseguimos produzir se estivermos com raiva. A raiva é o primeiro movimento que vamos tentar fazer, é o movimento mais puro da nossa própria defesa.


Esses movimentos de sair na rua e expor as suas questões (que talvez não seja o moviemento que mais traz resultados), ele é o primeiro movimento que nós conseguimos colocar para fora e ter voz e ação. A raiva gera uma ação dentro da gente.


Nesses momentos, a raiva é adaptativa. Isso não quer dizer que esse tipo de raiva nos faça bem, porque a raiva – como uma emoção adaptativa – deveria ser acionada dentro de nós nesses momentos e, logo depois, deveríamos pensar sobre isso e não se tornar uma pessoa com raiva em relação a tudo e a todos.Quando isso acontece, já é um sinal que nós estamos desregulados. A raiva, como sentimento, é quando damos um significado para essa raiva e é esse sentimento que faz com que depois de explosões de raiva, fiquemos ruminando que a outra pessoa foi a culpada, para ver se isso nos faz sentir melhor. É muito difícil uma pessoa ter um momento ou uma explosão de raiva e ficar tranquila depois. É normal ficar pensando e pensando sobre o assunto para tentar achar uma razão para a nossa própria explosão. Isso acontece porque sabemos que aquela explosão desregulou o nosso sistema nervoso, desregulou o nosso organismo e não foi saudável para nós.


Nada disso é saudável, nada disso é saúde mental. Então, se você é essa pessoa que tem essa constância de ter raiva das coisas, das pessoas ou das situações e você explode ou segura isso, saiba que nenhum dos casos acima está te fazendo bem.


Por que eu tenho essa questão de sentir raiva e de interpretar essa raiva para ela ficar tão grande?


Porque isso tem a ver com as nossas ideias de mundo, com as nossas crenças limitantes e com a percepção que temos de nós mesmo. A crença de que não somos suficientes é uma das crenças que aciona muito a raiva, principalmente, na vida adulta. Toda vez que nós entendemos que não somos suficientes, nós vamos reagir com raiva e isso vai se tornando quase que uma regra. Toda vez que você se sentir ameaçado pela sua insuficiência, você vai reagir dessa maneira.


A raiva não é só um comportamento de emoção, ela tem a ver com o nosso histórico e com algumas feridas que vivenciamos no nosso passado e que interpretamos essas feridas de uma forma que, agora, precisamos nos defender e isso acontece através da raiva.


Eu expliquei tudo isso, porque eu quero que vocês entendam que só regular a sua raiva, talvez, não acabe com o seu problema, se você não tiver o interesse em investigar um pouco das crenças limitantes que essa raiva está te trazendo. Porque, ao investigar as suas crenças, você vai cura a causa e a raiz do problema.


Não vamos esquecer que quando fazemos regulação de emoção, os exercícios de regular emoção funcionam de maneira perene, ou seja, eles deixam de existir e eu não preciso mais ficar regulando, porque a emoção não é mais tão frequente agora que entendo a causa e a cura. Essa causa, geralmente, está em uma memória distorcida ou em uma interpretação devida que fizemos para nós mesmos.


Franciele Maftum


Clique aqui para acessar esse conteúdo no youtube: https://youtu.be/goO8RA_C9MQ


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