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  • Foto do escritorFranciele Maftum

Perguntas poderosas para que você se cure e mude a sua mente

Atualizado: 19 de jan. de 2021

O texto de hoje tem como objetivo ajuda-los com perguntas que faço durante os meus processos individuais e, também, em processos de grupos que treino há muitos anos. Essas perguntas são perguntas baseadas tanto em uma parte cognitiva de mudar o seu processo mental, como também com o conhecimento neurocientífico de como o seu cérebro funciona. São perguntas que você precisa repetir e que te ajudam a despertar a sua consciência, os seus sentimentos, além de te ensinar coisas sobre você mesmo e mudar a sua mente através disso, ou seja, elas vão te tirar de estar entorpecida por pensamentos e preocupações, te trazendo mais consciência.

São 10 perguntas que servem para todas as pessoas.

Se você é uma pessoa mentalmente saudável, vai quer fazer essas perguntas para continuar mentalmente saudável, para evoluir, para ser a melhor parcela de você mesmo e entender o que está acontecendo com você internamente.

Se você é uma pessoa que tem questões mentais e emocionais de ansiedade, de pânico, de depressão ou dificuldades emocionais, você também vai querer fazer algumas perguntas que são as perguntas que irão abrir a sua consciência. Mas, lembre-se que essas perguntas não substituem o processo terapêutico. Se você é uma pessoa que está com dificuldades emocionais, procure uma terapia, um psicólogo e faça o seu tratamento. Essas perguntas devem ser algo adicional a ele.

Você não precisa fazer as dez perguntas para si. Veja qual delas soa mais condizente com o seu momento de vida. Se você é muito exigente, algumas perguntas vão ajudar mais; se você tem dificuldades de entender o que você deseja, outras podem te ajudar mais. Mas, independente de quantas perguntas você se identificar, anote-as, cole post its na geladeira ou no computador para você lembrar-se de fazer essas perguntas mais de uma vez por dia.

Elas são poderosas porque te trazem uma obrigação de consciência e é muito importante que você as faça todos os dias. Saiba que é esperado que você sinta algumas emoções cada vez que você fizer essas perguntas para si, valide essas emoções. Se você se sentir mal, pare. Não continue fazendo-as, pois você precisará procurar uma ajuda terapêutica.


1. Para QUEM você está fazendo isso?


Essa pergunta é uma pergunta que orienta sobre as suas decisões e motivações de vida. Por exemplo: você foi convidado para ir a uma festa, mas não está com vontade de ir, mas sente que precisa. Para quem você acha que tem que ir? Para a sua família? Para os seus amigos? Porque você acha que vai se divertir? Para você matar as saudades das pessoas?

A resposta para a pergunta “para quem” sempre terá que ser explorada para você que consiga entender se as escolhas da sua vida, desde as menores até as grandes escolhas, estão de acordo com aquilo que vem de dentro de você (sua intuição, seu desejo) ou se você está fazendo esperando retorno dos outros, seguindo um papel social, seguindo um padrão de conduta. Se a sua resposta for sempre para os outros, repense se essa é uma escolha válida para você. Provavelmente, não é.

As escolhas válidas de nossas vidas são as escolhas conscientes de que o “para quem” é para agregar algo em você e não para satisfazer as expectativas do outro.


2. Eu estou fazendo isso para mostrar para alguém?


Essa pergunta é uma consequência da primeira pergunta. Ela é muito importante, porque nós nos enganamos, muitas vezes, quando fazemos a pergunta “para quem”. A princípio achamos que é para nós mesmos, mas, quando vamos investigar, percebemos que estamos agindo para mostrar para os outros.

Então invista em ações e decisões que são para você, coisas que são importantes para você e não para mostrar para os outros.


3. Eu preciso provar que sou capaz?


Essa pergunta tem muita relação com a crença de incompetência e é uma pergunta de mindset fixo, de pessoas que têm o medo de errar. E muitas pessoas têm essas questões.

Toda vez que você estiver iniciando uma atividade nova e você começar a sentir ansiedade, rigidez, irritação ou impaciência, pergunte-se se você está tentando provar que é capaz. Por exemplo: é sua essa preocupação? Você não quer errar para provar que é capaz?

Se você é uma pessoa que tem raiva, rigidez de pensamento, questões de humor muito exacerbado, com certeza, essa pergunta vai te ajudar a ficar consciente de que você está querendo provar que é capaz de fazer algo que te realize; algo que você deseja e que vai te fazer feliz.

Essa pergunta serve para diminuir a sua ansiedade e para diminuir a sua preocupação.

Por exemplo: Por que, ao final do dia, eu preciso lavar louça? Por que é importante para mim? Por que é uma questão higiênica? Ou por que eu preciso provar que sou uma boa mãe e uma boa dona de casa?


4. O que eu quero? O que eu desejo? O que me deixa feliz?


Essa pergunta eu faço muito para as pessoas que estão vivendo a vida, geralmente, em anestesias, por exemplo: quando elas têm muita raiva, compulsões (tanto de comportamentos quanto de pensamentos).

Quando investigamos essas anestesias, percebemos que, muitas vezes, elas servem para “preencher uma lacuna” de que na verdade não fazemos aquilo que desejamos. A única maneira de separar esses pensamentos em longo prazo é você ter essa consciência do que você deseja.


5. Eu estou fazendo isso por medo ou por coragem?


Essa pergunta é para você que está querendo mudar, querendo fazer coisas diferentes na sua vida, dizer mais o que você pensa e tomar outras decisões. É importante, se você está querendo ter esse novo posicionamento na sua vida, que você se pergunte se essas escolhas são por medo (por exemplo: eu não vou porque eu tenho medo de não dar certo) ou por coragem (por exemplo: eu não vou porque não tem o menor sentido eu ir). Existe uma grande diferença e muitas pessoas não conseguem distinguir medo e coragem, porque é realmente uma coisa difícil.

Apesar de não ser uma regra, o medo, geralmente, te dá uma tensão no seu corpo (pescoço, cabeça pesada) e a coragem vai te dar uma vontade de ir (frio na barriga e ansiedade leve) como se fosse um impulso. A coragem dá medo, porém é um medo com coragem. Por exemplo: eu vou mesmo com medo, porque eu acho que tenho que ir, porque faz parte de mim.

Se as suas decisões forem por medo, faça outra escolha. Nós não merecemos fazer escolhas por medo de dar errado, por medo do que os outros vão pensar ou por medo de qualquer coisa. Merecemos ter mais coragem e seguir com nossos desejos de vida, obviamente, se isso não fizer mal a ninguém.


6. O que eu realmente desejo agora?


Isso serve para aquelas pessoas que vivem em ansiedade, preocupação, que estão sempre flexibilizando pelo outro (crença distorcida de “eu não sou suficiente”).

As pessoas com a crença de “eu não sou suficiente” nem se fazem essa pergunta. Mas, ela é importante porque você começa inserir a primeira pessoa em sua vida e em sua mente, ela não existe na mente das pessoas que tem essa crença, pois essas pessoas buscam sempre o que é melhor para todo mundo ou o que é melhor para os outros.

É essencial que você insira o “eu” na sua mente para que você consiga ser consciência de você: do que é importante para você e do que é importante nesse momento.

Se você não conseguir chegar em uma resposta não tem problema. Aos poucos as respostas virão.


7. O que eu posso fazer de diferente?


Essa pergunta eu uso em uma ferramenta de treinamentos, chamada “O aprendiz e o crítico. Para você que se critica muito, que está sempre irritado, descontente ou reclamando, primeiro tome uma decisão para parar de reclamar e, ao invés disso, pergunte-se: o que você poderia fazer de diferente nesse momento?

Por exemplo: se você está muito cansado ou muito sobrecarregado, o que você poderia fazer de diferente?

Troque suas reclamações por essa pergunta. A sua vida vai melhorar muito em pouquíssimo tempo.


8. O que eu estou sentindo?


Muitas pessoas não conseguem responder, porque nós não tivemos uma educação emocional, mas continuem se perguntando. Você pode sentir as cinco emoções básicas: alegria, tristeza, raiva, nojo, medo. Ao tomar uma decisão, o que você está sentindo nesse momento? Ao ficar com raiva, o que você está sentindo nesse momento?

Isso vai inserir em seu cérebro uma autoconsciência. Ele irá travar esse processo vicioso no qual ficamos em estar sempre conectados com outras coisas e irá começar a te fazer olhar para si e ter esse momento de autoavaliação.


9. Que final eu estou dando para essa história?


Toda vez que você sentir irritação e frustração, faça essa pergunta.

Por exemplo: você acorda cansado e fica irritado o dia todo. Qual final que você está dando para essa história? Que hoje o dia vai ser horrível, portanto: mude o final.

Essa é uma das poucas perguntas que você irá precisar fazer alguma coisa, porque só perguntar não irá adiantar.


10. Essa preocupação está me ajudando em que?


A resposta é em nada. Se preocupar é, muitas vezes, uma anestesia mental que não adianta nada, só nos deixar ansioso, estressado e doente. Então, uma preocupação só adianta em casos de ameaças que estão acontecendo na hora. Por exemplo: estão tentando fazer alguma coisa comigo e eu me preocupo e ajo ou quando algo vai acontecer e eu preciso me organizar, mas não significa que você precisa se preocupar.

Quando você estiver na ruminação de pensamentos, pergunte-se: essa preocupação está me ajudando em que nesse exato momento?

Essa pergunta é uma maneira de você dar um sinal para seu cérebro, parar o seu vício em se preocupar, pois essa preocupação não tem sentindo na sua vida e deve ser deixada de lado.

Se você convive com pessoas ansiosas e preocupadas, você pode fazer essa pergunta para elas também.

Anote essas dez perguntas, faça essas dez perguntas e ensine-as para as pessoas. Elas podem ser feitas com crianças, com adolescentes e com adultos, pois são perguntas de consciência e têm o poder de transformar, apesar de serem simples.

Elas vão ajudar a condicionar a nossa mente para quem a gente é.

O mais importante não é você ter as respostas, é você colocar essa alternativa para o seu cérebro para que ele pense em outra coisa que não seja o circulo vicioso que você entra quando está mentalmente filtrado para se preocupar, para viver a vida do outro ou para ser passivo demais.


Todas essas perguntas vão sempre ser em relação a você, porque quando a gente se dissipa muito em que o mundo precisa trazer para a gente, já estamos de alguma maneira nos anestesiando, tentado fugir daquilo que a gente é e daquilo que é nosso.


Franciele Maftum


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