
A partir de agora decido deixar no passado e com o passado o meu receio de que serei rejeitada se cometer um erro; e meu receio de que meus quilos a mais ou a menos ou a minha quantidade de vitórias, definam o amor que tenho por mim.
Deixo lá na esquina o meu medo de sentir e de falar o que sinto, e me permito finalmente me emocionar com a vida. Enterro o meu receio de que sentir me faz fraco, sou forte o suficiente para aceitar isso.
Deixo para trás o medo de ser inadequado e de que achem que as minhas dúvidas são fraquezas.
Me liberto de não ter todas as respostas e me dou a certeza que irei errar e cair. E quando isso acontecer, vou levantar e lembrar da coragem que me fez chegar até aqui.
A partir de agora só vou ter medo de não ser eu não mesma e de não abraçar a vida com ousadia e com alma. E vou abraçar mais. Muito mais.
Deixo lá na quadra debaixo o medo de falar de amor e também o medo de amar.
E muito atenta quero ver o mundo real e poder entrar em contato com a minha essência. Vou falar de essência sem medo de que me achem qualquer coisa.
E vou perguntar o que não sei porque já perdi muito tempo fingindo que entendi as coisas. Pensando bem isso não fazia sentido algum.
E vou me arriscar, vou começar as conversas difíceis, vou falar sobre mim. E vou ter coragem suficiente para dizer que tenho medo.
A partir de hoje vou olhar para as pessoas com o meu escudo de proteção abaixado. Aliás esse escudo já está fora de moda. Prefiro sair sem as defesas e ver no que dá.
E vou guardar em casa uma caixa de primeiros socorros e chocolates para os dias difíceis. E quando usar saberei que consegui fazer tudo isso que desejei.
A partir de hoje, o passado é passado. Que fique nele o que não cabe mais na imensidão de quem eu sou.
Manifesto de cura da alma.
Franciele Maftum
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